Agilson Gavioli, docente do curso de Barista do Senac São Bernardo do Campo comenta sobre a importância do café no Brasil

O café está intimamente presente na cultura brasileira, fazendo parte do cotidiano das pessoas de todas as origens e classes sociais.
Uma dessas presenças mais marcantes acontece justamente na área da hospitalidade, no ato de receber e despedir-se das pessoas, sempre com a oferenda de uma xicara de café.
Quem nunca foi recebido na casa de alguém com a frase: “aceita um café?” ou então “você não vai embora sem tomar um café antes”.
O café também costuma acompanhar alguns quitutes tradicionais como bolos, pães diversos, biscoitos tendo justamente um forte significado no acolhimento das pessoas.
É nessa presença simples, acolhedora e inclusiva, que o café se mostra parte integrante da gastronomia. A bebida está presente, de modo geral, em todas as casas, além de ser comum estar nos cardápios de restaurantes, pois não há uma boa refeição que seja completa sem que finalize com um bom café.
No geral, o café é o acompanhante perfeito para longas conversas, confidências, sorrisos e despedidas. O Brasil é o maior produtor de café, respondendo por cerca de 35% de todo o café produzido mundialmente. As espécies produzidas no Brasil são o Café Arábica e o Canephora, também conhecido como Conillon.
Os tipos de café produzidos no Brasil vão desde os tradicionais aos especiais. Dentro de uma escala de qualidade instituída pela Associação Brasileira da Indústria de Café dos Produtores de Café (ABIC), e algumas entidades internacionais, os cafés são classificados como:
Tradicionais e Extra Fortes (são identificados nas embalagens) – os mais simples e menos complexos.
Superior – tipo mais agradável, com aromas e sabor mais agradáveis
Gourmet– tipo de qualidade bem elevada, com aromas e sabores muito agradáveis.
E dentro da categoria Gourmet, com avaliação superior a 80 pontos, estão os cafés chamados de Especiais, os melhores cafés que se produzem, com sabor doce e de muita complexidade tanto aromática como gustativa.
Os cafés do tipo Tradicional são aqueles mais simples. Durante o processamento deste tipo de café, os grãos são provenientes de colheitas menos homogêneas, ou seja, contém grãos de cafés que estavam em pontos de maturação muito diferentes, desde os verdes até cafés que já estavam muito maduros, alguns até passados do ponto.
Além disso, essas safras possuem restos de folhas, grãos mal- formados, quebrados, com defeitos que não são encontrados nos grãos do Café do tipo Gourmet.
Essa segunda classificação de café é caracterizada por ter um número de defeitos bastante reduzido e o tamanho de grão é mais padronizado, não contendo folhas, somente café.
A maior diferença está na degustação da bebida. A primeira (tradicional) tem gosto e aromas amargos e decorrente de torra excessiva, enquanto os Gourmet são mais doces e amáveis ao olfato e paladar.
Dependendo do método escolhido para preparar o café - existem muitas formas de preparo - haverá uma maneira mais adequada para extrair da bebida, permitindo saborear o que de melhor ela pode oferecer.
Para preparar um bom café coado, método bastante utilizado nas residências brasileiras, o ideal é que alguns passos sejam seguidos, conforme abaixo:
Utilizar água potável, tratada, preferencialmente mineral (de torneira serve);
Não ferver a água, deixar quase ferver (quando as bolhas grandes se desprendem das paredes da panela);
Moer o grão pouco antes de usar em moagem média/fina (se não for possível, manter o café bem fechado em recipiente hermético para diminuir a oxidação). Os cafés, comprados moídos já vem na moagem adequada;
Escaldar o filtro, porta filtro e o recipiente com água quente antes de usar;
Colocar a proporção adequada de pó no filtro: para cada 100 ml de água deve usar 10 gramas de pó (o equivalente a uma colher de sopa bem cheia aproximadamente). Exemplo: para fazer meio litro de café, usar 50 gramas de pó, cerca de 5 colheres de sopa bem cheias de pó. Você pode pesar caso tenha uma balança;
Despejar a água inicialmente em todas a superfície para umedecer o pó (pré infusão) e depois de algum tempo (cerca de 30 segundos) con tinuar a despejar a água para molhar todo o pó e iniciar a extração propriamente dita. Colocar a água controlando a quantidade, e aguardar a extração completa.
Se quiser manter o café quente por mais tempo, escalde as xícaras com água quente. Seu paladar vai agradecer.
Faça do preparo de seu café no momento de pausa e relaxamento em seu dia a dia. O preparo e degustação do café são rituais para recompor as energias e aproveitar os sabores que essa bebida proporciona.
O curso Formação de Barista: Latte Art faz parte das bolsas PSG e está previsto para iniciar no segundo semestre.
Formação de Barista: Latte Art
1º a 22/9 – Dia 12/8 às 12 horas será o dia e horário de abertura das inscrições.
18/9 a 2/10 - Dia 29/8 às 12 horas será o dia e horário de abertura das inscrições.
Para mais informações: https://www.sp.senac.br/senac-sao-bernardo-do-campo/cursos-livres/curso-de-formacao-de-barista-latte-art