Turmas do Adolescente Aprendiz participam de palestras sobre diversidade em Diadema

O coordenador de Políticas de Cidadania e Diversidades de Diadema, Robson de Carvalho, realizou nesta semana duas palestras com turmas do programa Adolescente Aprendiz, do Núcleo Dom João VI. Trinta jovens, de 14 a 17 anos, puderam discutir sobre tolerância, respeito e preconceitos enfrentados pela comunidade LGBTQIA+ na cidade.

"O Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo e, destes, os negros são os que mais sangram. Falar de amor e respeito para os adolescentes é também falar de cidadania e direitos humanos, criando pontes para que juntos possamos vencer qualquer tipo de preconceitos", afirmou o coordenador.

Em sua apresentação, Robson destacou que não é apenas necessário responsabilizar as pessoas que cometem violências LGBTfóbicas, mas também educá-las para que outras pessoas não sejam vítimas dessas ações: "Quando a gente fala de juventude, muitos desses casos ocorrem em ambientes escolares", detalhou o gestor. "Todos os dias nós presenciamos violações de direitos. As pessoas não têm mais medo de expor seus preconceitos, são intolerantes, mostram seus ódios sem medo de represálias", completou.

Para o coordenador, essa situação é consequência da impunidade. "Realizar esse diálogo com os adolescentes do Programa Adolescente Aprendiz nos dá força de conscientizar nossos jovens da importância de respeitar todos os adolescentes e jovens LGBTs, a fim de proporcionar que eles não abandonem as escolas e que tenham direito de viver em uma sociedade igualitária", afirmou.

Educadora do programa Adolescente Aprendiz, Claudia Amaral Basílio avaliou que atividades como as palestras que foram realizadas são relevantes para a saúde, desenvolvimento e socialização das desigualdades sociais existentes em Diadema: "Foi de extrema importância para os participantes ter a oportunidade de aprendizado e tirar dúvidas que existiam sobre a comunidade LGBT+, além da importância de ter força para seguir em sociedade sem medo se ser que realmente é", completou.

Estudante do programa Adolescente Aprendiz, Tayler, 15 anos, achou a palestra "incrível, divertida e muito informativa." A jovem conta que tem vários amigos e conhecidos que são LGBT e entende que hoje em dia as pessoas estão menos fechadas para esse tema. Questionada se atividades como as que foram realizadas podem contribuir para combater o preconceito, a adolescente afirmou que essa é uma pergunta para a qual não tem a resposta. "Não dá para entender o que se passa na cabeça de pessoas que têm um certo preconceito", concluiu.

Nos encontros, foram abordados temas como amor e diversidade. "O movimento LGBTQIA+ é muito diverso, pois abrange questões variadas como identidade de gênero, orientação sexual e até mesmo pessoas que não se identificam com 'caixinhas pré-determinadas'", citou o coordenador.

"Ouvindo os jovens e adolescentes e toda comunidade, a gente consegue criar um futuro melhor, para todos", concluiu. As atividades contaram com roda de conversa e os adolescentes elaboraram, juntos, uma "árvore de respeito", com o objetivo de que a intervenção fomente uma campanha permanente de tolerância e respeito para todos.

Escolas e instituições que tiverem interesse em atividades como essa podem entrar em contato com a Coordenadoria de Políticas de Cidadania e Diversidades de Diadema pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones 4057-7925/7965.