Segunda dose é fundamental para completar imunização contra covid-19

Quando a primeira vacina contra a covid-19 foi aplicada no município, em janeiro deste ano, era possível pensar em uma fase pós-pandemia. Entretanto, para completar a imunização e garantir a cobertura do imunizante é preciso receber a segunda dose. Só a partir do ciclo completo, de acordo com o fabricante de cada vacina, a pessoa pode se beneficiar com a proteção para casos graves da doença, redução de internações e complicações.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), quando a pessoa não toma a segunda dose não tem a imunização esperada e fica propensa à infecção.

“Se a pessoa não estiver com o esquema vacinal completo, não está protegido contra a covid-19. Além do risco pessoal e do risco à sociedade, isso vai permitir que o vírus continue circulando, passando por mutações e criando novas variantes, como é o caso da Delta, que está em circulação no estado de São Paulo e gerando grandes preocupações em gestores comprometidos com o bem-estar da sua população”, alertou Dra Rejane Calixto, secretária municipal da saúde.

Em Diadema, quem está com a segunda dose dos imunizantes AstraZeneca (Oxford/FioCruz/Covishield), Coronavac (Instituto Butantan) ou Pfizer em atraso deve procurar o posto de vacinação em que recebeu a primeira vacina, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h. Já o Quarteirão da Saúde funciona em horário estendido, das 8h30 até 18h. É necessário apresentar os documentos pessoais (documento com foto, CPF, comprovante de endereço ou carteirinha da UBS), além do cartão de vacinação que comprove a aplicação da D1 na cidade.

Mesmo que o munícipe tenha tido uma reação adversa pós-vacina, não pode deixar de completar seu esquema vacinal, pois somente com a segunda dose o usuário estará protegido.

“A reação adversa, que pode haver ou não, depois da aplicação de qualquer vacina tende a ser infinitamente menor que o risco de contrair a covid-19 e ter complicações graves. É importante deixar claro que a reação adversa, se ocorrer, não contraindica a segunda dose e as pessoas precisam voltar para completar sua imunização. Mais grave do que ter um sintoma vacinal, é ter um sintoma de covid-19, é precisar de uma internação, intubação ou ir a óbito por conta da não-vacinação. As reações pós-vacinas podem até acontecer, mas são leves e passam em um ou dois dias, mas se você precisar de uma intubação, pode não sair vivo de lá”, explicou Ferla Cirino, coordenadora do Programa Municipal de Imunização.

Thiago de Azevedo Maldonado tomou a primeira dose no último dia 25, no Quarteirão da Saúde, vestido de super-homem. Ele que visita crianças de todas as idades em trabalhos voluntários, sabe da importância de manter os cuidados com a saúde. “Tomei a vacina do Butantan, então daqui a 28 dias estou de volta para receber a segunda dose. A fantasia está preparada! Pessoal de Diadema vem tomar a segunda dose e se tornar um herói”, convidou.

Casos x vacinados- Em pouco mais de sete meses de vacinação, o município já aplicou 426.882 vacinas contra a covid-19, sendo a primeira dose em 300.436 pessoas, a segunda dose em 116.222 pessoas e a dose única em 10.224 pessoas. Nesse tempo, o registro de casos passou de 14.059 confirmados e 594 óbitos pela doença, em 19 de janeiro (quando foi aplicada a primeira vacina contra covid-19 em Diadema), para: 33.474 casos confirmados (após revisão para fechamento de casos) e 1.443 óbitos nesta sexta-feira (27).

Mesmo com o número crescente de casos, a taxa de ocupação de leitos para pacientes com suspeita e/ou confirmação de covid-19, sob gestão municipal, no mesmo período, passou de 59,57 (70% UTI e 56,76% enfermaria), com picos de 100% de ocupação UTI e 100% da enfermaria, em 19/03/2021, para 23% (sendo 23% enfermaria e 35% UTI), em 27 de agosto.

Cuidado necessário- Após a segunda dose, a pessoa vacinada ainda pode ser infectada e transmitir a covid-19. Por essa razão, os especialistas recomendam que o distanciamento social e todos os demais protocolos sanitários vigentes (fazer uso de máscara, higienização constante das mãos e evitar aglomerações) sejam mantidos, para reduzir as chances de transmissão, adoecimento e de hospitalizações/óbitos pela doença.

“Mesmo com a vacinação avançando em Diadema é preciso continuar com os cuidados. Somente juntos vamos vencer a pandemia, cada um precisa fazer sua parte e ajudar a si e ao próximo a se prevenir contra a covid”, ressalta o prefeito de Diadema, José de Filippi Junior.

Atualmente, o município vacina pessoas a partir de 14 anos, além de gestantes e puérperas a partir de 12 anos e adolescentes, nessa faixa etária, com deficiência ou comorbidades definidas pelo Ministério da Saúde. Até 15 de setembro, o município irá manter a capacidade de estabelecimentos limitada em 80% e horário de funcionamento das 6h até 0h.

Reforço- Seguindo calendário do Estado de São Paulo, Diadema começa, a partir de 06 de setembro, a aplicação da vacina com a dose de reforço em idosos com 60 anos ou mais (que já completaram seis meses com esquema vacinal completo, ou seja, protegidas com a segunda dose dos imunizantes Coronavac, AstraZeneca ou Pfizer; ou dose única da Janssen há pelo menos seis meses). Em breve, o município divulgará como a vacinação será realizada para este público.