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Revisão do plano de saneamento propõe ampliação da rede de água no Pós-Balsa

Audiência pública para discussão sobre a segunda revisão do plano de saneamento básico de São Bernardo registrou como principal ponto de destaque a necessidade de ampliação da rede de água na região do Pós-Balsa por meio da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
A indicação registrada durante o evento, realizado de forma virtual nesta segunda-feira (07) pela Prefeitura, é que a empresa paulista estenda a distribuição em locais hoje abastecidos por caminhão-pipa.
A proposta sugerida envolve que áreas das regiões do Capivari, Tatetos II, Taquecetuba, Santa Cruz e Curucutu tenham substituição do abastecimento de água potável feito por caminhão-pipa pela conexão às redes distribuidoras de água, que deverão ser implantadas pela Sabesp, assim como a coleta e tratamento de esgotos sanitários, desde que haja viabilidade técnica e prévio licenciamento. A empresa teria, como atribuição, indicar o melhor modelo de implementação do projeto.
Levantamento da Prefeitura de São Bernardo sustenta que mais de 3.000 pessoas no Pós-Balsa são abastecidas por caminhão-pipa e, complementarmente, utilizam água de poços rasos, no qual há 811 poços cadastrados na Vigilância Sanitária.
Concomitantemente a esse cenário, entre 2016 e 2019, índice de casos diarreicos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Riacho Grande foi 51% maior do que o número contabilizado no antigo PS (Pronto-Socorro) Central, que tem a segunda maior quantidade de ocorrências.
Enquanto o PS Central registrou 5.472 casos diarreicos em 2016 e subiu para 7.665 em 2019 – 88 incidências/ano por 1.000 população -, a UPA Riacho Grande teve 3.139 no primeiro ano do estudo com elevação a 4.398 em 2019 - 133 incidências de doenças hídricas/ano por 1.000 população. Houve aumento de 40% nos casos de atendimento na UPA do Riacho Grande no período.
O panorama causou preocupação extrema diante dos números apresentados durante o evento, o que motivou pedido pela ampliação da área atendível pela Sabesp.
INVESTIMENTO - De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), cada US$ 1 investido em saneamento básico economizam-se nos 10 anos subsequentes de US$ 4 a US$ 5 na saúde (redução de agravos à saúde).
Frente a esse prisma, o município indica que é preciso ação efetiva de promoção à saúde pública, em consonância com princípio constitucional. A definição de ampliação está em plena consonância com a agenda da ONU (Organização das Nações Unidas), em especial aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) 6, que tratam de acesso a água limpa e saneamento.
CENÁRIO - Os valores de 2020 e 2021 foram desconsiderados ante à pandemia de Covid-19, tendo em vista que não refletem a realidade. As metas de curto, médio e longo prazos têm por objetivo garantir a manutenção e expansão dos sistemas a fim de atender as demandas atuais e futuras projetadas, incluindo nelas o Pós-Balsa.