Chácara Silvestre recebe exposição sobre a Procissão dos Carroceiros
Criada em 1917, em celebração à Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira de São Bernardo, a realização da Procissão dos Carroceiros foi parada pela pandemia de Coronavírus. Pelo segundo ano consecutivo, o tradicional cortejo não ganhará as ruas. Neste sábado, haverá um evento ao longo do dia, no qual os agentes culturais farão rodas de conversa sobre a história e origem da Procissão dos Carroceiros.
Em compensação, será homenageado com uma exposição, que será aberta neste sábado (14/08), no Centro de Referência das Culturas Populares Tradicionais, localizada na Chácara Silvestre (Avenida Wallace Simonsen, 1800, Nova Petrópolis). O período de visitação da mostra vai até 30 de setembro, de terça a sexta-feira, das 10h às 16h, com agendamento e protocolo específico para a segurança dos visitantes.
Haverá ainda uma atividade paralela: "Uma flor para São Bernardo": oficina espontânea de flor artificial, em que cada visitante poderá confeccionar a sua própria flor para ajudar a construir o painel de flores na carroça expositiva. Ou se preferir pode colocar uma flor disponível já pronta. É uma atividade interativa e simbólica.
“A Procissão dos Carroceiros é uma tradição em nossa cidade e, por provocar aglomerações a sua retomada não será possível neste ano. Temos muito que comemorar, com o avanço da vacinação e a significativa redução na ocupação dos leitos de UTI, mas a pandemia não acabou. Temos de continuar seguindo todos os protocolos sanitários e evitando aglomerações. Esta exposição será uma grande homenagem a este evento tão significativo para a história da cidade”, disse o prefeito Orlando Morando.
HISTÓRIA DA CIDADE – Desde 1917, devotos da região e romeiros vindos de várias cidades do Estado participam da programação religiosa e cultural. Entre as décadas de 60 e 80, a festa deixou de ocorrer, principalmente em razão da mudança do perfil de São Bernardo, que passou a ser industrial. A partir de 1980, no entanto, o cortejo voltou com força total e relembra todos os anos a história da cidade e do País. Essa tradição se iniciou com Dom Pedro I, que parava na antiga capela, em frente ao largo da Matriz, que era caminho para Santos, hoje atual Marechal Deodoro, e pedia proteção e a benção a Nossa Senhora para uma boa viagem.
Para o secretário de Cultura e Juventude, Adalberto Guazzelli, a mostra preserva e fortalece a nossa riqueza histórica. “Esta é uma programação cultural que transcende a importância religiosa, pois é incorporada à história da cidade, cuja tradição se iniciou com Dom Pedro I para pedir proteção e benção a Nossa Senhora da Boa Viagem. É importante aprender com o passado para construir um futuro melhor e mais justo", afirmou.