“Não dá mais para batermos de frente”; líderes assumem importância da Geração Z nas empresas e buscam harmonia no relacionamento profissional

Quando se fala de Geração Z no mercado de trabalho, é comum ver líderes reclamando do posicionamento tomado pelos jovens nascidos entre 1995 e 2010 acerca das relações e condições trabalhistas, como delegações de tarefas, pretensão salarial, cobranças e cumprimento de horários. É justamente na contramão desses pontos que se destacam as ambições que os mais novos no ambiente corporativo. Para eles, são primordiais fatores como: remuneração justa, flexibilidade de horários, ambientes dinâmicos, e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

Já para grande parte dos gestores, lidar com o público é um desafio diário. Mas por outro lado, há aqueles que estão reconhecendo que é hora de discutir a reestruturação geral e a adaptação do mercado ao fenômeno. Gestor de pessoas e CEO da Ecovis WFA, André Valério define que ‘bater de frente’ com o grupo está longe de resolver qualquer dilema e aumenta a crise geracional. “Eles estão dominando cada vez mais o mercado de trabalho. O futuro está sendo construído pela Geração Z e devemos nos adaptar”.

O especialista também defende que o conflito deve dar lugar a uma troca de habilidades geracionais e define: “A mistura de ideias e experiências é essencial para gerar performance. É totalmente necessário para gerar resultados frutíferos”. Na prática, André vê resultados positivos no desempenho dos novos profissionais. “Nós abraçamos essa junção na empresa e entendemos a importância de estarmos conectados com a Gen Z. Temos resultados excelentes com ela”, afirma.

Eleita uma das melhores empresas para se trabalhar no setor de auditoria e consultoria, a Ecovis WFA conta com 45% do quadro de funcionários nascidos entre 1995 e 2010, e tem tido êxito no rendimento. O que se observa é uma maior facilidade de aprendizado e otimização do trabalho através do domínio de tecnologias, além de um posicionamento adepto à feedbacks constantes sobre o trabalho, considerado essencial pelos jovens.