Inteligência artificial na saúde: FMABC capacita professores e alunos para uso correto do recurso
A inteligência artificial (IA) vem se popularizando e alcançando espaço em diversas áreas de atuação nos últimos anos. Na área da saúde não seria diferente. Pensando em aproveitar esse recurso da melhor forma, o Centro Universitário FMABC, em Santo André, criou o Núcleo de Inteligência Artificial e Computação em Educação (NIACE), que está proporcionando aulas e capacitações sobre o tema para professores e alunos da instituição.
O Núcleo deu início na última semana à Capacitação Docente em Inteligência Artificial e Simulação, com o intuito de promover práticas pedagógicas inovadoras, engajadoras e eficazes. Serão cinco módulos online que abordarão diversos temas referentes aos novos recursos tecnológicos, incluindo os conceitos da IA, suas ferramentas, desenvolvimento, avaliação de atividades, criação de projetos e reflexão crítica sobre o impacto do advento na saúde. As aulas acontecem semanalmente até o dia 12 de novembro.
Segundo Jorge Echeimberg coordenador do NIACE e um dos responsáveis pela capacitação docente, a ideia é aumentar as possibilidades de inovação utilizando as novas tecnologias na saúde, seguindo uma tendência mundial de projetos desenvolvidos nas melhores instituições de ensino do mundo.
"A inteligência artificial é uma tecnologia disruptiva que pode apoiar tanto professores quanto estudantes, melhorando a formação e o preparo dos profissionais. Ela proporciona oportunidades de fazer simulações de casos clínicos e práticas seguras, aprendizado personalizado, apoio nos diagnósticos e tomada de decisão, além do desenvolvimento de pesquisas baseadas em evidências", explica.
Segundo Eichemberg, o primeiro módulo do curso contou com 89 professores inscritos, todos interessados em saber o que a tecnologia pode oferecer para proporcionar ainda mais conhecimento e melhores práticas na saúde.
Com os estudantes a situação não é diferente. A disciplina eletiva de inteligência artificial, iniciada neste semestre e direcionada inicialmente apenas para integrantes do terceiro ano do curso de medicina, deverá estar disponível para todos os cursos a partir do próximo ano. E quem optou pela matéria está satisfeito com o conteúdo. É o caso de Loren Handa, 24 anos e uma das alunas da disciplina.
"O que me levou a optar por essa disciplina é se tratar de um tema atual e diferente, e as aulas apresentam uma visão nova. Muitos pensam que a inteligência artificial irá substituir as funções de alguns profissionais da saúde, mas particularmente não penso assim, e nas aulas reforcei essa impressão" explica a estudante.
"É um auxílio tanto para o médico como para o paciente. Ajuda na prevenção e na pesquisa, e com certeza fará diferença no futuro. É uma tecnologia que podemos usar a nosso favor para diagnósticos mais rápidos e precisos. Estou amando essas aulas e adorei que a faculdade tenha trazido essa oportunidade para a gente", completa a jovem.