Grande ABC apresenta queda no índice de inadimplência
![Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil](/images/2025/fevereiro25/WhatsApp_Image_2025-02-14_at_141831_1.jpeg)
A inadimplência na região do Grande ABC registrou uma queda de 3,25% entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, de acordo com um estudo realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Caetano do Sul e apoiado pela Agência de Desenvolvimento na região. Na comparação com a região Sudeste, onde houve uma variação de 0,52%, os dados revelam um comportamento mais positivo na região.
Esses números fazem parte do estudo regional mensal sobre inadimplência, que busca oferecer maior previsibilidade financeira para os moradores e ampliar a discussão sobre temas essenciais, como educação financeira e alternativas de microcrédito.
Em relação a janeiro de 2024, a inadimplência caiu 0,77%, ficando abaixo das médias estadual (1,09%) e nacional (2,76%). O perfil predominante dos inadimplentes na região é de indivíduos entre 30 e 39 anos, que representam 24,58% do total. A distribuição entre gêneros é equilibrada, com 50,37% de mulheres e 49,63% de homens. O valor médio das dívidas pendentes é de R$ 5.290,49, sendo que 39,78% dos inadimplentes possuem débitos de até R$ 1.000. O setor bancário concentra 69,33% dessas dívidas.
Os dados também indicam que cada inadimplente tem, em média, 2,187 dívidas em atraso, um número superior às médias estadual e nacional. O tempo médio de inadimplência é de 26,9 meses, com 40,78% dos devedores enfrentando essa situação por um período de 1 a 3 anos.
Em comparação com o mês anterior, o número de dívidas em atraso caiu 1,17%, abaixo da média da região Sudeste (2,88%) e da média nacional (4,51%). Contudo, em relação a janeiro de 2024, houve um aumento de 1,33%, embora ainda abaixo das médias estadual (2,88%) e nacional (4,51%).
Alexandre Damásio, presidente da CDL, alertou sobre o tempo prolongado de endividamento da população da região: "A maioria dos devedores está há mais de 20 meses nessa situação. Precisamos fortalecer políticas públicas de educação financeira e ampliar o acesso ao microcrédito", afirmou Damásio.
Ele também destacou que, se a queda na inadimplência persistir no próximo trimestre, isso pode indicar uma dificuldade crescente de acesso ao crédito. "Devemos focar em fortalecer iniciativas e políticas públicas de educação financeira, além de criar alternativas municipais para microcrédito e incentivar o consumo local", conclui.
Educação financeira como solução
Uma das iniciativas voltadas para o tema é o programa Financeiramente ABC, promovido pelo CDL e pela Agência de Desenvolvimento, que busca conscientizar a população sobre consumo e planejamento financeiro. O presidente da Agência, Aroaldo da Silva, reforça a importância da iniciativa: "Queremos pautar a necessidade da educação financeira para reduzir a inadimplência." O programa utiliza HQs para facilitar a disseminação das informações e pode ser acompanhado pelo