Campanha de doação de medula óssea em Santo André bate recorde com 243 doadores

A Fundação do ABC e o Centro Universitário FMABC organizaram nesta quarta-feira (6 de março), das 8h às 14h, a primeira campanha para cadastro de doadores de medula óssea das entidades. A ação ocorreu em parceria com a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, uma das poucas instituições habilitadas a realizar o cadastro de interessados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Ao todo foram 243 novos doadores cadastrados. Até então, a maior campanha do gênero realizada junto à Santa Casa havia registrado 200 doadores.

Colaboradores que atuam no campus universitário, alunos, docentes, médicos residentes, público externo e demais interessados compareceram em massa à corrente do bem, que também contou com a participação do secretário de Saúde de Santo André, Gilvan Junior.

Além da parceria com a Santa Casa de São Paulo, a primeira campanha de doação de medula da FUABC-FMABC contou com apoio da Casa Ronald McDonald ABC, do Grupo de Assistência e Tratamento Oncológico Pediátrico do ABC (Grato-ABC), da Unidade de Apoio Administrativo da FUABC e do Insanos Moto Clube.

“Estamos felizes em conseguir trazer para o ABC uma campanha de cadastramento de doadores de medula óssea. Hoje os interessados precisam se deslocar até o Hemocentro da Santa Casa de São Paulo ou ao Hospital São Paulo da Unifesp, ambos na Capital. Nossa meta era de pelo menos 100 novos cadastros para o REDOME e alcançamos mais do que o dobro. Agradeço a toda a comunidade acadêmica, que se mobilizou e participou ativamente dessa iniciativa tão importante”, comemora o vice-Reitor da FMABC, Dr. Fernando Fonseca.

“Agradeço a FUABC, a FMABC e a Casa Ronald ABC por essa belíssima campanha, em que batemos o recorde com 243 cadastros de doadores de medula óssea. Estão todos de parabéns. Essa participação está contribuindo com um ato extremamente nobre, que é aumentar as possibilidades de pacientes com leucemia e outros tipos de cânceres de terem uma chance de cura através do transplante de medula óssea”, declarou Dr. Denys Fujimoto, médico hematologista da Santa Casa de São Paulo.

A parceria entre FUABC-FMABC e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo foi possível graças ao intermédio da colaboradora da Unidade de Apoio Administrativo da Fundação do ABC, Roberta dos Santos Pinto, que há cerca de 20 anos curou-se de um câncer, um linfoma de Hodgkin, e desde então mantém contato com obras sociais, ONGs e hospitais ligados à causa.

“Eu conhecia o trabalho da Santa Casa e pensei que seria bastante relevante desenvolvermos esse tipo de campanha aqui no ABC. Fico muito feliz que as tratativas deram certo. Foi uma linda campanha, em favor de muitos pacientes que aguardam por um doador de medula compatível”, acrescenta Roberta.

Além da campanha para cadastramento de doadores de medula óssea, FUABC e FMABC também organizaram um evento de sensibilização para alunos, colaboradores e demais interessados. No dia 28 de fevereiro, Reinaldo Gomes, presidente da ONG Instituto Augusto Abou na Luta contra o Câncer, esteve no campus universitário para uma palestra de esclarecimento sobre a importância da doação de medula óssea.

ATO DE AMOR
Para se tornar um doador voluntário de medula óssea é preciso ir ao hemocentro mais próximo habilitado no REDOME (confira a lista dos locais em https://redome.inca.gov.br) e coletar no braço uma pequena amostra de 10 ml de sangue para o exame de tipagem conhecido como HLA. Basta ter entre 18 e 35 anos de idade, estar em bom estado geral de saúde e apresentar documento de identificação oficial com foto. O procedimento de coleta dura poucos minutos, mas pode salvar muitas vidas! Os candidatos a doação permanecem no cadastro nacional até completarem 60 anos e podem ser contatados em caso de um paciente compatível precisar da doação.

Conforme detalhado pelo REDOME, o transplante de medula óssea é um tratamento indicado para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico, entre as quais leucemias, linfomas e anemias graves. O procedimento é rápido, como uma transfusão de sangue, e dura em média duas horas. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais da medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula saudável.

O paciente, depois de se submeter a um tratamento que destruirá a sua própria medula, receberá as células da medula sadia de um doador. Estas células, após serem coletadas do doador, são acondicionadas em uma bolsa de criopreservação de medula óssea, congeladas e transportadas em condições especiais até o local onde acontecerá o transplante.