Diadema realiza encontro para discutir sobre acessibilidade
“A inclusão não é feita sozinha. Precisamos escutar e atender às necessidades de todo mundo que ainda sofre para simplesmente estar presente em um espaço comum”. Essa fala da educadora da instituição Mais Diferenças, Guacyara Labonia Guerreiro, sintetizou a oficina sobre mediação de (literatura) leitura acessível e inclusiva, que aconteceu na Biblioteca Olíria de Campos Barros, no Centro de Diadema, na manhã desta terça-feira, 10 de dezembro.
A ação mostrou a diferença entre diversas formas de escrita de livros acessíveis, como audiodescrição, braile, linguagem simplificada e dinâmicas com objetos táteis, para demonstrar tamanhos e texturas.
Guacyara explicou a importância de se repensar a infraestrutura e os recursos disponíveis para garantir a acessibilidade a todos. "Só basta analisar e percebemos que são os lugares que estão carentes de uma adaptação”, afirmou. “Se, durante uma palestra, há pessoas surdas ou cegas na plateia, e não há um intérprete de libras ou um profissional em audiodescrição, o problema está naquele equipamento que não se adaptou às demandas sociais e não na pessoa com deficiência”, completou.
A palestrante prosseguiu o encontro refletindo sobre a importância das bibliotecas possuírem um acervo inclusivo. “Uma obra, quando preparada para ser lida por pessoas com e sem deficiência, pode ser lida de diversas formas”, compartilhou.
“A sua experiência lendo um audiobook será diferente do que ler um texto com fonte ampliada ou elaborado com frases simples para pessoas com (paralisia cerebral) deficiência intelectual, por exemplo”, complementou Guacyara.
Ao final, uma das participantes da mediação, Eliete Ferreira, compartilhou sua impressão sobre o evento. “Vim aqui por pura curiosidade de aprender mais sobre inclusão e, no final, saí com uma mente aberta. São temas que, geralmente, não damos atenção, por não fazer parte do nosso cotidiano”, finalizou.