Abordagem para tuberculose entra na rotina de Consultório na Rua em Diadema

A equipe do Consultório na Rua, ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Diadema, passa a reforçar as ações de rotina para prevenção, diagnóstico precoce e acompanhamento para a tuberculose (TB).

De acordo com a responsável pelo Programa Municipal de Tuberculose, Edineide de Brito Sousa, a iniciativa é positiva: "Ela foi definida após a parceria para a Campanha de Busca Ativa de Tuberculose, realizada entre 12 e 26 de setembro deste ano, e considerando a dificuldade de adesão ao tratamento devido à situação de vulnerabilidade das pessoas em situação de rua. Com isso, essa população será melhor assistida de forma integral", afirma.

O Consultório na Rua é composto por uma equipe multiprofissional (enfermeiro especialista em saúde mental e dependência química, psicólogo especialista em álcool e outras drogas, e dois redutores de danos, um com experiência em IST Aids e LGBTQI+ e outro com experiência em atenção básica e saúde da família), que atua de segunda a sexta-feira.

Busca ativa- Durante a segunda etapa da Campanha de Busca Ativa, as equipes abordaram 42.160 pessoas nas 20 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade e em situação de rua. Dessas, 151 realizaram o teste para detecção do bacilo de Bacilo de Koch (BK), causador da doença, e oito confirmaram o diagnóstico da doença, já iniciando o tratamento na Unidade.

A enfermeira e coordenadora do serviço de Epidemiologia e Controle de Doenças (ECD), Keila Cristina da Silva explica que o acompanhamento pode variar de acordo com a gravidade de cada caso: "O tratamento dura, no mínimo seis meses, com o uso de antibióticos. Após 15 dias de tratamento, o doente não transmite mais a doença, mas é preciso aguardar a alta médica para que não haja reincidência da tuberculose de modo mais intenso. Todo o tratamento é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o município ainda disponibiliza lanche matinal para os pacientes que realizam tratamento supervisionado", esclarece.

No ano passado, 73,7% dos casos acompanhados tiveram cura. Quem convive com a pessoa também precisa ser avaliada, priorizando crianças, idosos e pacientes imunocomprometidos. Além da busca ativa, as ações desenvolvidas no município são tratamento observado com entrega de incentivos aos pacientes, exames para diagnóstico e controle, dispensação gratuita de medicamentos específicos para a doença, além de avaliação dos comunicantes de casos de tuberculose.